Editor fala sobre analfabetismo emocional no editorial do mês de Agosto
Por Alexandre de Oliveira
Convido você a fazer uma leitura cautelosa nesta edição. Se você foi capaz de ler estas palavras iniciais, significa que você não é analfabeto. Segundo consta o analfabeto não é capaz de codificar as letras da gramática. Porém, existem os chamados analfabetos funcionais, ou seja, conseguem codificar as letras, mas tem dificuldade para interpretar o que está escrito. Há também o analfabeto emocional, este tipo de analfabeto, ao ler um texto que descreve ou narra um simples fato, luta e nega a realidade para manter a convicção de suas emoções.
O analfabeto emocional difere do funcional, pois o funcional não é dotado da compreensão do que foi escrito. Já o analfabeto emocional tem uma conduta contraditória e avessa perante um fato, seja ele escrito ou falado. Ele age como um idiota. O analfabeto emocional, em geral, é incapaz de sustentar argumentos sobre o fato descrito ao qual ele discorda. Ele precisa recorrer aos boatos ou a suas suspeitas, sem ter que buscar a comprovação. Ele diz, mas não sustenta.
Ele aponta, mas não mostra. Ele faz qualquer coisa para manter suas emoções intactas. Ao ver o absurdo de sua imbecilidade ser reproduzida pelos outros, ele se acha o supremo. Tudo vale para negar um simples fato descrito.
Mas atenção! Só para constar, não confunda senso crítico com analfabetismo emocional. O convite está feito e ao ler um texto, seja vigilante e faça de modo prudente e emocionalmente centrado.
Boa Leitura
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