Marca atinge o menor indice desde 1985, mas diferença ainda persiste segundo o estudo
Segundo levantamento feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) a diferença no mercado de trabalho entre negros e não negros é menor nos últimos anos. O estudo mostra que a diferença na taxa de desemprego caiu 2,4 pontos percentuais em 2012. Este é o menor índice desde 1985, quando teve início a pesquisa.
No estudo, os grupos são divididos entre negros (segmento composto por pessoas negras e pardas) e de não negros (composto por brancos e amarelos) e entre os fatores responsáveis, pelo resultado apresentado, estão o crescimento econômico ocorrido no Brasil, durante a última década, e também ao crescimento do emprego com carteira assinada, que ocorreu de forma mais intensa para os negros.
Apesar de a diferença ter apresentado queda, nos últimos anos, na análise do Dieese, as desigualdades no mercado de trabalho entre negros e não negros ainda persistem, pois as ocupações ocorreram principalmente nos setores como o da construção civil e o de serviços domésticos, “em que predominam postos de trabalho com menores exigências de qualificação profissional, remunerações mais baixas e relações de trabalho mais precárias, sendo, por consequência, menos valorizados socialmente”.
Ainda, segundo o estudo, “O crescimento econômico por si só não é capaz de garantir igualdade de oportunidades em um horizonte razoável de tempo para as atuais e futuras gerações de trabalhadores, enquanto não se atenuarem as discrepâncias socioeconômicas e, mais especificamente, do nível de escolaridade, importante elemento na melhoria de acesso e trajetória dos indivíduos no mercado de trabalho e das suas possibilidades de ascensão social e econômica”.
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