Consciência política e Consciência sindical

PALAVRAS DO PRESIDENTE

Presidente do SISPUMI, Jorge Rogério Coyado, fala da necessidade dos servidores desenvolver a consciencia política e sindical

O constante movimento popular, que vem ocorrendo em nosso país, indica que os brasileiros despertaram para as questões políticas. Esta consciência política é fundamental para nós, servidores públicos, pois nosso patrão, diferente do patrão da iniciativa privada, assume o cargo através da política partidária e sua atuação interfere diretamente no trabalho que prestamos para atender a população.

O servidor público trabalha na ‘vitrine’ da administração pública que, em muitos casos, não atende a necessidade da população. Para nós, servidores públicos, não basta incorporar a consciência política apenas como cidadão e profissional. Para melhorar nossas condições de trabalho e a nossa motivação, o servidor público também tem que desenvolver a consciência sindical.

Da mesma forma que a consciência política levou as pessoas para as ruas, a consciência sindical leva o servidor às conquistas. Esta consciência faz o servidor ser participativo, comparecendo nas reuniões e, principalmente, nas assembleias que tem o poder de nortear as ações decisivas do sindicato em nome de todos os trabalhadores.

Se um servidor não pode “perder” de uma a três horas para participar de uma atividade sindical teoricamente também não poderia cobrar melhorias no seu trabalho. Dispensar poucas horas para buscar melhorias não é pior que passar meses ou anos na condição miserável para ficar reclamando no muro das lamentações.

O sindicato é plural, democrático e atende os princípios da legalidade. O sindicato não pode agir como bem entender. Depende exclusivamente de sua participação. Somente com sua participação é que podemos começar a cobrar mudanças e melhorias.

Infelizmente algumas mudanças demoram mais do que gostaríamos, justamente por envolver diferenças de atitude e pensamento. Ao deixarmos um vazio de consciência sindical os abusos, desmandos e as ilegalidades da administração tendem a prosperar, pois encontram campo aberto para se perpetuar. Como disse Platão, “o preço a pagar pela não participação na política é ser governado por quem é inferior”. Mas não é só a administração que abusa dos trabalhadores pela falta de consciência sindical ou de união da categoria.

Encontramos também alguns servidores preocupados somente com a manutenção dos interesses pessoais ou de determinado grupo que, na busca de objetivos mesquinhos, reinventam a roda e promovem o desinteresse dos colegas pregando a fragmentação da categoria, como isto fosse o remédio para os males dos servidores.

Fica claro que toda e qualquer mudança que desejamos hoje passa por uma única ordem: engajamento pessoal e consciência sindical e política. Qualquer melhoria, mudança ou reivindicação esbarra na falta de consciência e na desunião da categoria, por isso é preciso deixar as diferenças de lado e pensarmos como um corpo só em busca de mudanças que possam colocar a instituição no seu patamar correto e que possamos prestar um serviço de melhor qualidade para os nossos verdadeiros chefes: a sociedade.

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