Setembro Amarelo. “Falar é a melhor solução”

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Transtorno mental não é frescura. Veja como você pode fazer a diferença

Setembro é o mês mundial de prevenção do suicídio. O tema já foi tabu, mas ainda enfrenta obstáculos na identificação de sinais oferta e busca por ajuda, justamente pelos preconceitos e falta de informação.

Entre os sintomas diagnosticados, em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

A campanha vem se fortalecendo a cada ano e ganhando notoriedade com o engajamento dos setores públicos nos diversos municípios do Brasil. Em 2021 o ministério da Saúde divulga a campanha em seu site abordando o problema como “Um alerta para o ano todo. No mês da prevenção ao suicídio, saúde mental é tema obrigatório para falar nas redes sociais, em casa com a família e com os amigos”.

O ministério da Saúde apresenta ainda, possíveis fatores que desencadeiam o transtorno mental, relacionando alguns sinais de alerta, potencializados pela pandemia.

Isolamento – As pessoas com pensamentos suicidas podem se isolar, não atendendo a telefonemas, interagindo menos nas redes sociais, ficando em casa ou fechadas em seus quartos, reduzindo ou cancelando todas as atividades sociais, principalmente aquelas que costumavam e gostavam de fazer.

Mudanças nos fatores sociais – Sabe-se que outros fatores, como a exposição ao agrotóxico, perda de emprego, crises políticas e econômicas, discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, agressões psicológicas e/ou físicas, sofrimento no trabalho, diminuição ou ausência de autocuidado, podem ser fatores que vulnerabilizam, ainda que não possam ser considerados como determinantes para o suicídio. Sendo assim, devem ser levados em consideração se o indivíduo apresenta outros sinais de alerta para o suicídio.

 

Origem da campanha

Setembro Amarelo teve origem nos Estados Unidos, quando o jovem Mike Emme, de 17 anos cometeu suicídio, em 1994. Ele era um rapaz habilidoso que reformou um Mustang 68 e o pintou de amarelo. Os pais do menino não perceberam que ele sofria de sérios problemas psicológicos e, por isso, não conseguiram evitar sua morte. No dia do velório, cartões decorados com fitas amarelas com a frase: “se você precisar, peça ajuda”, chegaram as mãos de pessoas que realmente precisavam de ajuda. Assim, os pais, Dale e Darlene Emme, foram os precursores do do programa de prevenção de suicídio “fita amarela”, ou “Yellow Ribbon” em inglês. Por isso, a fita amarela é o símbolo da campanha.

Em 2003 a OMS instituiu o dia 10 de setembro para ser o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, e o amarelo do mustang de Mike é a cor escolhida para representar este sentimento.

A campanha do Setembro Amarelo começou no Brasil em 2015, com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre o suicídio, bem como evitar o acontecimento. A organização acredita que falar sobre o assunto é uma forma de entender quem passa por situações que levem a ideias suicidas, podendo ser ajudadas a partir do momento em que essas pessoas são identificadas.

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