Retorno presencial de servidores com comorbidade é precipitado

ITANHAÉM

Decreto municipal que obriga retorno presencial promove circulação do coronavirus

 

Com a publicação do decreto municipal nº 4123, de 21 de junho de 2021da Prefeitura de Itanhaém, a administração municipal determina o retorno ao trabalho presencial dos servidores públicos que pertencem ao grupo de risco do coronavírus que já foram imunizados com as duas doses da vacina, a partir da próxima segunda-feira (28). A diretoria do sindicato se posiciona de modo oposto e analisa a ação da prefeitura como precipitada.

 Diante do quadro da pandemia que coloca o país em 2º lugar de mortes pela COVID-19 e com a lenta progressão de pessoas vacinadas, com apenas pouco mais de 10% de pessoas imunes com a segunda dose, o sindicato manifesta sua preocupação e oposição ao decreto, uma vez que as vacinas, segundo infectologistas e especialistas, diminuem drasticamente os casos de internação e mortes, mas não impede a propagação do vírus, até mesmo por pessoas já imunizadas. Ainda conforme instrução de infectologistas, a propagação e circulação do vírus, potencializam as chances de surgirem novas variantes. Não obstante, a exemplo do que ocorreu em alguns países da Europa, ainda podemos enfrentar a terceira onda de contágio.

 Deste modo, o SISPUMI enviou o oficio nº 65/2021 para a prefeitura, fazendo uma série de questionamentos para assegurar a integridade e segurança a saúde dos servidores públicos. Na opinião do diretor do SISPUMI, Samuel Lorena Rosa, “O sindicato considera que muitos dos trabalhadores, ainda podem exercer seus trabalhos de forma remota sem prejuízo a municipalidade e a população, pois alguns setores são insuficientes para atender condições de ventilação adequada, contrapondo a questão do conforto térmico da estação de inverno, assim como não apresentam espaço e metragem para abrigar os trabalhadores com a recomendação de metragem para efetivar o distanciamento seguro entre os próprios trabalhadores e os munícipes, além de promover maior demanda de uso no transporte público, lotando ônibus com itinerário municipal e intermunicipal, gerando maior circulação do vírus e promovendo as catastróficas consequências geradas pelo coronavirus”.

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