Profissionais da saúde pública são as maiores vítimas, segundo estudo
Pesquisa revela que sete em cada 10 profissionais da saúde são vítimas de agressões no trabalho. Conforme o estudo, a maior parte das vítimas são servidores público que recebem agressões verbais e físicas de pacientes e familiares acompanhantes. Normalmente a violência é motivada pela falta de profissionais no serviço público, resultando em filas e demora no atendimento, ocasionando um ambiente tenso.
A pesquisa promovida pelo Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) e o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) ouviu 5.658 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.
Cerca de 60% dos médicos e 55% dos profissionais de enfermagem afirmaram que sofreram violência no ambiente de trabalho mais de um vez, mostrando que essa é uma situação recorrente. A gravidade do problema é reforçada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que considera a violência contra os profissionais de enfermagem e médicos como uma epidemia.
Diante a estarrecedora realidade, as entidades regulamentadora dos profissionais da saúde, lançaram a campanha “Violência Não Resolve” para conscientizar a sociedade e alertar as autoridades, uma vez que 74,27% dos médicos e 64,9% dos profissionais de enfermagem não registraram qualquer tipo de denúncia, sobre a alegação de descrédito nas instituições.
Medida local
A pesquisa aponta que a maioria dos casos são registrados no Sistema Único de Saúde (SUS) e envolve os pacientes e seus familiares. O tipo de violência mais comum é a verbal, seguida pela psicológica e física.
Ainda em 2016, o então supervisor administrativo da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itanhaém, Davi Felix Lasmar (o Latino), implantou o sistema de controle de fluxo e acesso nos setores de atendimento e emergência, consequentemente, o número de agressões aos servidores foi reduzido drasticamente. Davi explica que além do controle de acesso das pessoas, a unidade conta com o apoio da guarda patrimonial, que ajuda a coibir ações desta natureza, mas mesmo assim, a unidade registra algumas ocorrências; exemplificando com a mais recente agressão de um paciente que arremessou uma cadeira contra um médico. Conforme apurado pelo SISPUMI, nas Unidades Básicas de Saúde, Pronto Socorro e no hospital e maternidade de Mongaguá não é raro ao menos um relato de agressão. Nestes locais de trabalho foi constatado facilidade de acesso das pessoas, deixando o servidor municipal vulnerável.