A diretora Alvina Rodrigues de Meira e o vice presidente Claudio Roberto Pacheco buscam solução
O número de denúncias no ambiente de trabalho vem crescendo de modo preocupante, em Mongaguá. A informação é da diretoria da subsede que, semanalmente, recebe denúncias de assédio moral, perseguição política e até de assédio sexual.
Segundo o vice-presidente do SISPUMI, Cláudio Roberto Pacheco de Abreu, as denúncias chegam de funcionários de diversos setores, às vezes de pessoas que simplesmente dizem ter presenciado colegas de trabalho em situações constrangedoras de assédio moral ou recebendo ameaças veladas por motivação política. Cláudio explica que a grande dificuldade em apurar os casos delatados, além da própria natureza da ocorrência onde dificilmente se tem materialidade, são a falta de apoio da administração e o quadro enxuto de funcionários, no sindicato, para exercer esta tarefa, que demanda tempo e muita aplicação em cada caso para apurar os fatos.
No último mês de julho, em reunião feita com o prefeito Paulo W. Filho, o mesmo declarou não ter como formar uma comissão para apurar as denúncias de assédio moral e deixou a cargo do próprio SISPUMI as providências necessárias para as apurações. Daquela época até hoje, a diretoria do sindicato tenta pleitear, juntamente com a administração, para que a mesma tome a responsabilidade das ocorrências, com abertura de sindicâncias para serem apurados.
A diretora do SISPUMI, Alvina Rodrigues Meira, conta que pelo menos três vezes por semana, efetua diligências para apurar os casos já em andamento, enquanto a administração se abstém. Alvina conta que, ainda quando ocorre apuração no âmbito administrativo, geralmente a decisão é favorável ao acusado, que está em nível auperior hierárquico. Comparado aos números de denúncias, poucos são os casos que são registrados como ocorrências formais, com boletim de polícia e encaminhados ao Ministério Público, pois na maioria das vezes as vítimas não querem se expôr ou conseguem apoio de testemunhas.
Outras denúncias
Se onde há fumaça, há fogo, a fuligem do incêndio já começa a atingir as redes sociais. Num site de relacionamento, os participante alertaram sobre um funcionário municipal, que prefere manter o sigilo, com medo de represália, denunciou que um veículo a serviço da prefeitura para realizar serviços de correspondência interna, seria o mesmo utilizado para transportar materiais de limpeza e conduzir profissionais da saúde para visita domiciliar. O automóvel que supostamente teria sido usado no transporte de produtos coletado para exames laboratoriais, ainda seria usado para levar alimento em ‘marmitex’ a funcionários. No final da mensagem, a pessoa que faz a narração dos fatos pede que o fato seja levado a um determinado vereador para apurar o caso.
Após a publicação na rede social a subsede do SISPUMI recebeu a denúncia de modo presencial sem expor a identidade do denunciante.